Regilene Coelho - Maturi 

Maranhense de nascimento, mas mineira de coração. É assim que Regilene Coelho, à frente do Maturi, gosta de se definir. Localizado no boêmio bairro Santa Tereza, o bar promove uma fusão caprichada entre Minas e Nordeste, com receitas como a Cristalina, caipirinha que mescla cachaça mineira e cajuína - suco de caju filtrado e símbolo da cultura de Piauí; e o baião de dois incrementado com costelinha e couve: mais mineiro que isso, impossível. 

 

Nascida em Imperatriz, no Maranhão, ela chegou a BH em 1997 e se apaixonou perdidamente pela culinária mineira. O culpado? Um angu que beirou a perfeição. "Primeira coisa quando eu cheguei, eu queria provar angu. Comi um sozinha e achei ele nada com nada. Todo mundo me convidava, falando: "Ah, é porque você não comeu o da minha mãe". Um dia, comi um maravilhoso e decidi que era aquilo que eu queria fazer", recorda. 

 

Após fazer uma série de cursos no Senac – incluindo um voltado só para a gastronomia mineira – e se formar como cozinheira, Regilene iniciou uma bem sucedida carreira em várias casas de Belo Horizonte até decidir abrir o Maturi.

Maturi

O nome escolhido por ela para batizar seu bar é o mesmo que se dá para a castanha de caju ainda verde, considerada uma iguaria na culinária nordestina, conferindo profundidade e complexidade de sabores a pratos como moquecas e tortas.  

 

Apenas um mês após ela escolher o ponto, a pandemia começou, e a casa só iniciou suas atividades mesmo em agosto. Regilene começou com entregas de pratos como feijoada e um inusitado delivery de cuscuz. Foi o que fez a fama inicial do Maturi, que passou a ser frequentado por jornalistas, músicos, artistas e pessoas ligadas à cena cultural da cidade, que se deliciam com drinques caprichados e receitas com ingredientes típicos. "Eu sempre quis um lugar pequeno, onde reconheçam minha proposta, e aconteceu do jeitinho que eu imaginei. Hoje, estou na boca da turma mais cult de Belo Horizonte", comemora. 

 

Com o sonho de ter a própria cozinha realizado, Regilene garante que agora está onde sempre quis e não mudaria mais nada. Ou quase. "Eu tinha como sonho nascer em Minas Gerais, né? Depois que a gente chega, não quer sair por nada. Mas posso falar que sou mineira de coração". Se depender dos frequentadores do Maturi, a cidadania honorária está mais que garantida.

 

Maturi: O Maturi tem sua cozinha inteiramente baseada em ingredientes típicos da culinária brasileira com toques da culinária nordestina. Quem está à frente é a chef Regilene Coelho, que cuida da cozinha e dos drinks, além da hospitalidade mineira.  No Maturi ela serve pratos como Arroz Maria Isabel (arroz com carne de sol) e Baião de Dois (arroz com feijão de corda), típicos da cozinha nordestina, com suas variações. A carta de drinks também segue a proposta do regionalismo, como o refrescante e potente Agora a Serpente Abraça, que combina uma generosa dose de Jack Daniel’s com Jurubeba, Campari, Cajuína, essência e casca de lima e gotinhas de milome, extrato feito a partir do cipó mil-homens. 

 

R. Mármore, 169 - Santa Tereza

sexta de 11h às 16h

sábado e domingo de 11h às 16h30